Overdose fúnebe de idéias

Ninguém gosta muito de ouvir esses lances sobre morte, o que me irrita muito. Afinal, adoro ficar falando de quando eu morrer, me inspiro em imaginar isso... A minha mãe diz que meus textos são muito fúnebres, que sempre terminam em morte, sempre falam de morte, nem que seja um trechinho só. Talvez seja esta parte da vida que me fez desacreditar em deuses, ou Deus.
Ninguém entende Deus como eu, pra mim Deus não é um ser, é uma energia positiva que tá em tudo que é bom, e beber ou não, pecar ou não... nada disso aproxima desta energia. A energia é o que você faz e a paz que isso libera. Aprendi em um livro ou outro, que o que vale é o amor: não importa se você é homo, hetero ou bi, se foi por prazer tá tudo certo, a energia vem.
Adoro essas coisas de budismo, hinduísmo... pregam tudo de uma forma paz&amor bem hippie e gera em mim esperanças de um final feliz. Não acredito em ceitas, cerimônias, bençãos, religiões... Eu acho que o que vale é você tá de paz com tudo. Daqui pra frente não tem outra coisa, é como dizia Cazuza... quem sabe eu vire uma energia e volte em outra forma...
Tenho uma tara por mortes, fantasias de como é o mundo pós-morte: ora penso que não têm nada, morreu tá morto; ora penso que vou voltar em outra forma; ora penso que dura umas horas a mais que o enterro; ou paro de pensar. Só nunca me suicidei por curiosidade porque tenho pretenções de morrer de uma doença malígna, dessas que apodrece a gente em cima da cama, ia ser algo inspirador. Queria ver quem viria me visitar, quem ia ler as locuras pré-morte que eu ia escrever, ia ficar aguardando dia pós dia a morte vir. É meio transloucado, mas é meu jeito de pensar. Eu queria apodrecer em uma cama pra tomar conciência do que fiz, meus ídolos todos morreram de AIDS, Câncer ou suicídio. E é de um desses que eu pretendo ir também, quero morrer jovem... esta coisa de envelhecer é careta de mais pra mim.

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Pesquisa

04/08/2009

No final de 2007 eu perdia o sono semanalmente pensando em algum texto. O cansaço físico me impedia levantar da cama para anotar os poemas, textos e frases que vinham à cabeça. Criei então o Segundo Lílian, em Junho de 2008. Postando anotações feitas na madrugada, sonhos rememorados na manhã seguinte, inspirações do meio do sono vespertino. Sem habilidade de escrita tive um blog trágico, perdi meus leitores e a vontade de escrever.
No final daquele ano resolvi criar o Insônia Registrada. Já que todos meus textos eram decididos durante a insônia, ou me tiravam o sono. Era um novo blog, pensado diferente, com novo tema, nova forma de escrita, novo visual - que já foi modificado uma dezena de vezes - além de agora um período de vida bem mais traduzível em letras.
Hoje, o blog já virou um vício. Textos, links, vídeos, descobertas, lembranças... tudo vem pra cá. Tirando o sono de quem lê também. Tamanho vício me levou a criar um blog de esportes, um de filme, participar brevemente de um blog de humor e me fez até perder a vergonha do Segundo Lílian.
Porque segundo Lílian, a insônia será registrada.