Ao longo dos livros que eu li fui descobrindo que Truco é o jogo de baralho mais popular em Minas, e que o Brasil inteiro acha que nas ruas mineiras têm vendedores de chapéu de palha e carroça cheia de queijo à todo momento. E eu que achava que todo brasileiro economizava letras descobri também que só os mineiros entendem se "pó pô pó pá ngroçá?" ou "ês pens qi u ons é dês" dentre uma série de outras coisas.
Eu ainda tava no pré quando fiquei sabendo que a tradução correta do latim na bandeira de minas é "Liberdade que ainda tardia" e não "Liberte que será também", como muitos pensam. Fiquei perplexa quando entendi por que os mineiros juntam, cortam e emendam as palavras. Não é "roçariano" é "tupi" mesmo, em tupi R e L têm o mesmo som em certas palavras, não existe 'inho' tudo vira 'im'.
E o nosso UAI seria uma má interpretação de Why? Diz meu tio que os estrangeiros que vinham explorar nossas minas não entendiam o por quê de tanto ouro, e ficavam se questionando "why?", daí então: "uai".
Não me lembro onde, mas, li uma vez algo que dizia que nós mineiros somos simplificadores da língua brasileira, ou até mesmo costureiros desta. Cortamos, remendamos, costuramos, reiventamos e ainda conseguimos nos entender. Afinal Lidileite eu não consigo comprar no Espírito Santo, me respondem sempre com perguntas:
_ Lidi-quê? Repete?, Oi?.
_ LI-DI-LEITE!
_ Ainda não entendi, o que você quer?
_ Ooh tioo, aquele negoço ali ó.
_ Que negócio?
_ Iih sô, aquele ali em cima do trem tio.
_ Menina, tá fazendo hora com minha cara?
_ Você não vende leite?
_ É leite que você quer?
_ Sim, um lidileite.
_ Aiai, não vamos recomeçar né? Pega seu leite.
Pego, pago e saio andando.
_ Ouuu seu troco!
_ Ficumeleprocê!
_ Não escutei!
Eu, obviamente saio pensando: E ainda dizem que mineiros são burros e não entendem de nada.
Santos Dummont, mineiro. Carlos Drummond Andrade, mineiro. JK, mineiro. Tancredo Neves, mineiro. Tiradentes, mineiro. Modéstia parte, eu também.
É como diz nosso não oficializado hino "Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais".
Eu ainda tava no pré quando fiquei sabendo que a tradução correta do latim na bandeira de minas é "Liberdade que ainda tardia" e não "Liberte que será também", como muitos pensam. Fiquei perplexa quando entendi por que os mineiros juntam, cortam e emendam as palavras. Não é "roçariano" é "tupi" mesmo, em tupi R e L têm o mesmo som em certas palavras, não existe 'inho' tudo vira 'im'.
E o nosso UAI seria uma má interpretação de Why? Diz meu tio que os estrangeiros que vinham explorar nossas minas não entendiam o por quê de tanto ouro, e ficavam se questionando "why?", daí então: "uai".
Não me lembro onde, mas, li uma vez algo que dizia que nós mineiros somos simplificadores da língua brasileira, ou até mesmo costureiros desta. Cortamos, remendamos, costuramos, reiventamos e ainda conseguimos nos entender. Afinal Lidileite eu não consigo comprar no Espírito Santo, me respondem sempre com perguntas:
_ Lidi-quê? Repete?, Oi?.
_ LI-DI-LEITE!
_ Ainda não entendi, o que você quer?
_ Ooh tioo, aquele negoço ali ó.
_ Que negócio?
_ Iih sô, aquele ali em cima do trem tio.
_ Menina, tá fazendo hora com minha cara?
_ Você não vende leite?
_ É leite que você quer?
_ Sim, um lidileite.
_ Aiai, não vamos recomeçar né? Pega seu leite.
Pego, pago e saio andando.
_ Ouuu seu troco!
_ Ficumeleprocê!
_ Não escutei!
Eu, obviamente saio pensando: E ainda dizem que mineiros são burros e não entendem de nada.
Santos Dummont, mineiro. Carlos Drummond Andrade, mineiro. JK, mineiro. Tancredo Neves, mineiro. Tiradentes, mineiro. Modéstia parte, eu também.
É como diz nosso não oficializado hino "Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais".
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