Um brinde a insônia!
Este sentimento mais forte que amor, mais instantâneo que miojo, às vezes tratada como sintoma, doença ou aflição.
Um brinde a insônia!
Que trouxe a lucidez aos poetas bêbados, que antes da bruma trouxeram obras à humanidade.
Um brinde a insônia!
Esta coisa louca que percorre meu corpo antes de dormir, me deixa sonâmbula quando durmo. É a necessidade de ficar acesa.
Um brinde louco à insônia!
Que me mantem mais acordada para bebericar um pouco mais, para escrever um pouco menos.
Saudem a insônia!
Essa força invencível que me dá sete vidas antes do sono. Irreversível como vida sem crtl+z.
Um grito pela insônia!
Que tanto me aflige quanto tira a aflição de todo ser, insônia louca e presepada que me mete em cada cilada, que só podia rimar assim.
Mantenham-me bêbada para quem sabe, talvez, compor versos de amor. Por enquanto só quero manter toda minha insônia, perder o sono pensando em histórias de terror.
Não dormir é como não ter medo de acordar, toda vez que fico acordada pela noite descubro que ninguém vai morrer, a não ser eu, a não ser eu mesma, a não ser eu, eu mesma.
Me dê um abraço como saudação. E eu contarei cada segundo que ele durar, como sonhos que perdi enquanto conversava com uma velha amiga, a insônia.
Menos repetitiva neste texto, que em minhas útilmas noites.
Estou ficando louca, mas a insônia ainda é lúcida. Então brindem pela insônia, pela insônia.
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