Para-chuva

Cheguei em casa ensopada de chuva, a primeira coisa que vi foi o guarda-chuva do meu pai aberto na garagem, com o intuito de secar, focalizei bem a imagem do guarda-chuva. Subi as escadas e entrei para o banho, vinte minutos depois estava lá eu gritando minha mãe:
_ Mãe, pega minha toalha pra mim?
_ Onde tá?
_ Dentro do meu guarda-roupa.
Enfim, sai do banho enrolada na toalha, era uma toalha verde... só gosto de toalhas brancas, no máximo aquele "creme" (tudo bem, não sei nome de cor). Atravessei a casa entrei no meu quarto fechei as cortinas e deitei na cama com a maior preguiça do mundo de trocar de roupa. Passei um longo tempo olhando pro teto do meu quarto, e ele é cheio de estrelinhas, às vezes fico tentando contar.
Enquanto isto, ouvia o barulho unisono da chuva caindo lá fora, com um ventinho passando e arrastando as folhas no chão, comecei a imaginar quantas pessoas teriam esquecido o guarda-chuva em casa e estava se molhando. Neste momento começo a pensar duas coisas, nas pessoas sem guarda-chuva e : "guarda-roupas? Um armário onde você pendura suas roupas. Guarda-luva? Um lugar pra guardar as luvas (embora só guarde documentos), o guarda-chuva não guarda a chuva. Não deveria ser para-chuva? Asssim como para-raio, ou para-brisa, ou para-lama...
Tudo bem, levantei da cama na esperança de escrever um texto sobre isto, algum gramático ler e me parabenizar pela observação e mudar a palavra, aliás já estamos mudando a gramática mesmo, só mais uma palavrinha quase não faz diferença. Mas, por precaução resolvi dar uma pesquisada no assunto primeiro.
Troquei de roupa pensando nisto. Liguei o computador e fui buscar um dicionário, como eu nunca acho as coisas que preciso, abri meu dicionário 'priberam' na internet 

substantivo masculino,
armação de varetas móveis, coberta de pano, para resguardar da chuva. 

Aah então é isto, vem de resguardar. Mas eu não ia me dar por satisfeita, entrei no google tradutor e comecei a procurar alguma lingua mais sensata e finalmente francês: parapluie.
Mais duas horas de reflexão, até que a chuva lá fora acabou.

Como não sei desenhar achei esta imagem no google, dizem que tem um poema escrito ali. Eu só não tive paciência de ler, até porque tá cortado. Se alguém quiser ler clica na imagem pra ela ficar grande suficiente.


Aliás, só esta semana já descobri 4 pessoas que lêem meu blog e nunca postaram nenhum misero comentário. Eu preciso saber pra que quantidade de pessoas eu tô escrevendo... assim não rola gente, comenta aí pô.

2 comentários:

Bruno de Abreu 14 de janeiro de 2009 às 18:10  

Olha, esse negócio de esquecer a toalho é um saco mesmo, tem que ficar gritando depois - acho que até meu vizinho ouve.

esquecer o guarda-chuva também. Agora mesmo, quase que fico "ilhado" no Carrefour. Até fiz um texto em que comento tb das pessoas na rua, "o guarda-chuva em casa, o casaco na cabeça". Vê-se, pelo exemplo, que até o texto atingir um nível adequado para postagem, ainda vai um bom tempo na gaveta.

Achei incrível guarda-chuva em francês... parapluie, que som gostoso, devia ser adotado universalmente. Tem nome mais perfeito para objetos com a nobre função de resguardar-nos da chuva?

Lílian Alcântara 14 de janeiro de 2009 às 18:38  

Os franceses são os mais sensatos. Não gosto muito de francês, meu amor é espanhol. Mas as palavras deles definem perfeitamente o que é pra definir.

Pesquisa

04/08/2009

No final de 2007 eu perdia o sono semanalmente pensando em algum texto. O cansaço físico me impedia levantar da cama para anotar os poemas, textos e frases que vinham à cabeça. Criei então o Segundo Lílian, em Junho de 2008. Postando anotações feitas na madrugada, sonhos rememorados na manhã seguinte, inspirações do meio do sono vespertino. Sem habilidade de escrita tive um blog trágico, perdi meus leitores e a vontade de escrever.
No final daquele ano resolvi criar o Insônia Registrada. Já que todos meus textos eram decididos durante a insônia, ou me tiravam o sono. Era um novo blog, pensado diferente, com novo tema, nova forma de escrita, novo visual - que já foi modificado uma dezena de vezes - além de agora um período de vida bem mais traduzível em letras.
Hoje, o blog já virou um vício. Textos, links, vídeos, descobertas, lembranças... tudo vem pra cá. Tirando o sono de quem lê também. Tamanho vício me levou a criar um blog de esportes, um de filme, participar brevemente de um blog de humor e me fez até perder a vergonha do Segundo Lílian.
Porque segundo Lílian, a insônia será registrada.