Eu deveria saber que não sou eu o ser mais próximo de mim mesma, eu sou eu e o contrário desta frase diz o mesmo, porque não tem contrário em ser eu. Ou tem? Não ser eu seria ser outra pessoa? Mas esta pessoa passaria a ser o meu eu e eu ainda seria eu, e se tenho base tão forte em mim, faria daquele outro eu um reflexo perfeito e não inverso do que sou hoje.
Quanto a ser próxima de mim eu não sou, me perco no distante no vazio que mora em mim e viajo por lagos e mares estatelando-me em pensamentos inuteis que me faz por um segundo estar tão distante e tão distante que deixo o meu corpo desalmado, uma viagem cósmica (ou quase isto).
Semáforos que se enaltecem tornando-se três marias, umas constelação verde,vermelo e amarelo. Cores que me rodeiam por toda a parte, seja ela o inteiro ou só uma parte.
E nada disso faz sentido, é tão estranho, e tao óbvio mas eu me perco comigo. É como se não tivesse nada abaixo da minha cabeça, tudo é mais alto, tudo é mais esperançoso e derrepente um baque, um tropeço, uma queda, queda livre. "Abaixo, sempre sul é a direção".
Tudo bem se minha mente é fantasiosa, se me convenço fácil pelos livros, ou sou difícil para os amigos. Tudo bem uma ova, tá tudo errado, atrapalhado, deconfigurado, preciso de pé no pedal, correr mais, acelerar o que posso, passar o próximo (obstáculo). É tão ruim ser alguém reflexivo e alguma coisa me diz que é mais fácil saber a idade exata do planeta que tentar entender a minha cabeça. Talvez seja por isto que já existiu bilhões de pessoas pesquisando origem da Terra, e nenhuma se quer procurando me entender, confesso que nem eu.
Pra que entender, quando a ciência é exata? Mesmo que eu entenda por que eu gosto mais de chocolate preto, vai continuar sendo assim, vou continuar comprando chocolate preto, e se eu não entender também dá na mesma. Então: pra que preocupar em me entender?
Eu não sou eu. Se eu fosse, não estaria aqui.
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