Irreal

Faz um tempo que ando incomodada com a definição de realidade, mal me importa o que o Aurélio tem a me dizer. Depois que comecei a aprofundar meus estudos sobre Krishna ou Hare Krishnas percebi que a imaginação é a maior realidade que pode existir.
E não há uma realidade. Há realidade. Vivendo no mesmo espaço e mesmo local, uma cena simples tem infinitas realidades.
Um velho barbudo sentado à mesa de um bar olha para o menino que serve sua cachaça de hora em meia. A sua realidade é a de cliente, a de velho barbudo, a de tonto, a de superior, a de chato da mesa ao lado. Vê o menino como seu empregado, mais tarde como ladrão e não pagará os 10%.
O menino vê o velho como um problema pra mais tarde, como cliente, como homem sem banho. E se vê como superior.
Alguém entendeu?
Qual a realidade quando você come seu hamburguer e uma criança na áfrica diz o último adeus a mãe por fome? O contraste é a realidade? Então qual o contraste entre eu estar aqui escrevendo, e alguém estar apertando o botão da TV? E qual a realidade comum? Uma tela? Mas tela é realidade?
Realidade não existe (ponto).
Estou confusa debatendo trilhões de temas. Outro dia termino o raciocínio.

4 comentários:

Wilson Ossoguju 7 de julho de 2009 às 02:14  

Isso é do budismo, mas tem a ver: conhece a parábola do elefante?
(Se não depois te passo...)
E outra, já assistiu ao filme "Elefante"?
Poxa, lembrei disso, mas seu post é mais profundo, tem muito de física quântica nisso também, entendi o que disse, mas enfim, minha greve mental ainda persiste.
Ah, numa outra postagem sua falei que havia me lembrado algo do livro Sabedoria do Nunca, então, muito atrasado, postei um trecho dele lá no Dicotômico.
Inté mais!

Wilson Ossoguju 7 de julho de 2009 às 02:24  

Esse não tem nada a ver com o texto, é só curiosidade mesmo, seu aniversário é quando?! (Se não quiser dizer não tem problema e desculpa a curiosidade =P)

Lílian Alcântara 7 de julho de 2009 às 12:43  

não que a leitura sobre Krishna tenha me feito chegar a esta conclusão, também acho mais parecido com o budismo, é questão de desordem de pensamentos. Acho que me expliquei mal, e já nem sei onde quis chegar. Mas provavelmente não onde cheguei.

Aliás, meu aniversário foi dia 29

Wilson Ossoguju 8 de julho de 2009 às 11:00  

Bem vinda ao deserto do real, hohoho, as religiões orientais tem muito a ver umas com as outras, não acha? Budismo, Hinduísmo, Taoísmo... E apesar do meu comentário aparentemente ter mais confundido do que me explicado, eu gostei do post.

Agora, com atraso, feliz aniversário!!! Muita paz e alegria, muito texto e bons sons, sempre!
Inté mais!

Pesquisa

04/08/2009

No final de 2007 eu perdia o sono semanalmente pensando em algum texto. O cansaço físico me impedia levantar da cama para anotar os poemas, textos e frases que vinham à cabeça. Criei então o Segundo Lílian, em Junho de 2008. Postando anotações feitas na madrugada, sonhos rememorados na manhã seguinte, inspirações do meio do sono vespertino. Sem habilidade de escrita tive um blog trágico, perdi meus leitores e a vontade de escrever.
No final daquele ano resolvi criar o Insônia Registrada. Já que todos meus textos eram decididos durante a insônia, ou me tiravam o sono. Era um novo blog, pensado diferente, com novo tema, nova forma de escrita, novo visual - que já foi modificado uma dezena de vezes - além de agora um período de vida bem mais traduzível em letras.
Hoje, o blog já virou um vício. Textos, links, vídeos, descobertas, lembranças... tudo vem pra cá. Tirando o sono de quem lê também. Tamanho vício me levou a criar um blog de esportes, um de filme, participar brevemente de um blog de humor e me fez até perder a vergonha do Segundo Lílian.
Porque segundo Lílian, a insônia será registrada.