Número 100

Minha postagem número 100 demorou muito tempo pra sair. E só saiu porque não quis adquirir a crise de bartebly (não estou certa do nome, depois confirmo e explico). É algo como achar inútil a própria escrita e abandoná-la. Enfim...
Resolvi postar um poema que gostaria de ser música, caso eu soubesse violão (ou qualquer instrumento). Talvez só uma pessoa o entenda como é para entendê-lo, não vou explicar o verdadeiro sentido. O mais próximo que alguém pode chegar, acho. Que é imaginando um fake, destes de orkut declamando/cantando pra quem o criou. Um amigo imaginário, que você não compartilha com ninguém, um dia sabe-se lá como... ele lhe escreve. Acho que seria mais ou menos assim:

Não sei porque
Insisto em acreditar
Nas novas mentiras
Que você pegou um dia emprestadas
E nunca mais quis devolver
Eu não sei porque
Você insiste em contar
As velhas histórias
Que você nunca irá viver
E eu... porque

Dentro da sua cabeça
Eu acabo por existir
E a falta que me faz
Ela só faz falta pra você

E os dias vão passando
Você não consegue me esquecer
Mas também
Ninguém irá lembrar
De alguém
Que só existiu pra você

Ah, eu te imagino
Me imaginando o tempo todo
E eu sei que não existo
Quando não pensa em mim
E eu sei que não sou o mesmo
Quando não estou aqui

Eu te traria mil flores
E de joelhos
Tentaria me desculpar
Por invadir seus pensamentos
E nunca mais...
Nunca
Sair de lá

Também acho que ficou um tanto primário, depois de explicado ficou pior ainda. Mas eu não quero parar de escrever por me achar medíocre (e eu continuo achando), quero escrever um livro primeiro. Amém.

2 comentários:

Bruno de Abreu 10 de abril de 2009 às 21:23  

voltou!

olha, essa crise de bartebly também andou me rondando...

mas a gente tem mesmo que insistir em acreditar, como diz seu poema

feliz páscoa para lilian e muito muito muito muito muito chocolate

te desafio a escrever sobre coelhinhos ( aliás, os da páscoa, fiquei sabendo, são fêmeas, o que é mais lógico: se os coelhos botassem ovos, a fêmea que o faria, como acontece com as galinhas).

até...!

Anônimo 14 de abril de 2009 às 12:41  

Isso me faz lembrar o quanto sou ruim emn interpretar poemas e versos e coisas desse tipo. Já li 3 vêzes, e acho que terei que ler mais 3 pra começar a pegar o verdadeiro sentido.

Meu cérebro não sintoniza de jeito nenhum...

edo...

Pesquisa

04/08/2009

No final de 2007 eu perdia o sono semanalmente pensando em algum texto. O cansaço físico me impedia levantar da cama para anotar os poemas, textos e frases que vinham à cabeça. Criei então o Segundo Lílian, em Junho de 2008. Postando anotações feitas na madrugada, sonhos rememorados na manhã seguinte, inspirações do meio do sono vespertino. Sem habilidade de escrita tive um blog trágico, perdi meus leitores e a vontade de escrever.
No final daquele ano resolvi criar o Insônia Registrada. Já que todos meus textos eram decididos durante a insônia, ou me tiravam o sono. Era um novo blog, pensado diferente, com novo tema, nova forma de escrita, novo visual - que já foi modificado uma dezena de vezes - além de agora um período de vida bem mais traduzível em letras.
Hoje, o blog já virou um vício. Textos, links, vídeos, descobertas, lembranças... tudo vem pra cá. Tirando o sono de quem lê também. Tamanho vício me levou a criar um blog de esportes, um de filme, participar brevemente de um blog de humor e me fez até perder a vergonha do Segundo Lílian.
Porque segundo Lílian, a insônia será registrada.