Primeira parte - A contradição

08/12/2009 (20:16)

Os dias são apenas cargas horárias sobrepostas, começam com a hora que chamamos de meia-noite.
_ Discordo!
Ou começa com o nascer do sol às 6:00 hrs ou com o anoitecer 18:00 hrs.

Eu queria me apresentar antes de começar tudo. Hoje completam 7 anos que comunguei pela primeira vez, na Catedral de São João Batista. Não sou católica, não acredito em Deus ou deuses, estou lendo um livro espírita ditado pelo espírito Patrícia e psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeek de Carvalho. Esta sou eu: a contradição - em forma de pessoa, ou de diário.
A minha primeira bicicleta também foi a primeira de outras três pessoas, aprendi nela a andar sem as rodinhas, numa roça situada numa cidade à 20 Km da catedral citada anteriormente. Depois que tiram as rodinhas você acostuma a equilibrar-se sem fazer esforço: é como respirar, agora que você lembrou que respira provavelmente está se esforçando para controlar sua respiração, mas depois acostuma de novo e esquece.
Depois de tirar as rodas quis tirar as mãos. TIrar as mãos é tenso, você precisa estar confiante em você mesma, numa área mais ou menos plana e mais ou menos reta, no asfalto. Depois vai querer aprender fazer a curva sem as mãos. Depois descer o morro. Hoje, eu quis descer o morro curvo com os braços abertos em forma de cruz.
Quando eu era menor acreditava que abrir os braços na caminhonete, no barco ou no Titanic era simplesmente imitar o Cristo Redentor. Não é. Fora de uma bicicleta, um barco ou do Titanic você sentirá estas três coisas de uma só vez, raras ou nenhuma vez. E não abrirás o braço.
Sabe do que se trata tudo isso? De contradição.

Como já to indo em ordem inversa mesmo depois posto o que eu tinha planejado pra colocar na primeira folha do "diário".

0 comentários:

Pesquisa

04/08/2009

No final de 2007 eu perdia o sono semanalmente pensando em algum texto. O cansaço físico me impedia levantar da cama para anotar os poemas, textos e frases que vinham à cabeça. Criei então o Segundo Lílian, em Junho de 2008. Postando anotações feitas na madrugada, sonhos rememorados na manhã seguinte, inspirações do meio do sono vespertino. Sem habilidade de escrita tive um blog trágico, perdi meus leitores e a vontade de escrever.
No final daquele ano resolvi criar o Insônia Registrada. Já que todos meus textos eram decididos durante a insônia, ou me tiravam o sono. Era um novo blog, pensado diferente, com novo tema, nova forma de escrita, novo visual - que já foi modificado uma dezena de vezes - além de agora um período de vida bem mais traduzível em letras.
Hoje, o blog já virou um vício. Textos, links, vídeos, descobertas, lembranças... tudo vem pra cá. Tirando o sono de quem lê também. Tamanho vício me levou a criar um blog de esportes, um de filme, participar brevemente de um blog de humor e me fez até perder a vergonha do Segundo Lílian.
Porque segundo Lílian, a insônia será registrada.