Trata-se de correr.
Tudo trata-se de correr.
Correr trata-se de tempo.
Isto não é um poema, é que são parágrafos curtos.
Mas, quando você corre você tenta diminuir o tempo gasto pra ir de um ponto ao outro ou tenta superar o tempo de outra pessoa que também está correndo.
E é isso.
Você corre o tempo todo e nem se deu conta disso. Corre pelos pensamentos, corre os olhos no jornal, corre na rua, corre contra o tempo, corre de pessoas, corre pras pessoas, corre do trânsito, corre da realidade, corre da irrealidade, da moral.
Prefiro explicar falando de tempo.
Você pode fugir (correr) de tudo, de pessoas, lugares e situações. Mas em momento algum você consegue abandonar o tempo. Não importa que seja dia ou noite no Japão, o tempo é o mesmo. O tempo da Terra, o tempo geral. As horas são um artifício pra TENTAR controlar o tempo, mas se desse certo anos bissextos não existiriam. Agora o tempo é o mesmo, enquanto digito estas palavras alguém dorme, aqui são 02:42 a.m (insônia) e lá são 04:42 a.m, mas estas duas coisas ocorrem no mesmo TEMPO.
É possível viajar no espaço, no universo, no pensamento, no sonho, mas não no tempo.
É impossível controlar o tempo com um relógio, é impossível saber que "horas" realmente é em um lugar, porque não estamos à 15° exatos, as cidades não localizam-se em cima dos meridianos, nem de nenhuma outra linha imaginária, é tudo muito complexo, convenciona-se uma faixa com o mesmo horário, mas no fundo deveriam diferenciar os minutos. Mas é impossível calcular tanto assim pra saber as horas, calcular o lugar exato, pra saber a distância com Londres, e saber exatamente o horário de Londres, e lembrar que a Terra está em expansão e teríamos que recalcular as horas todos os dias.
O tempo é incontrolável, por isto é melhor correr.
1 comentários:
Ei, tô passando correndo aqui pra lhe desejar um bom final de ano, que 2010 seja melhor que 2009 (pensando que 2009 já tenha sido bom) e que em 2010 possamos ter algum tempo (uma trégua espaço-temporal) para sentarmos e trocar umas idéias, seria bom, hein?
Opa, preciso ir, o tempo é curto.
Grande abraço (demorado), cara Lílian!
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