Não sei se pensei, se sonhei ou se escrevi. Talvez tenha acontecido.
Um anjo da guarda, que não soube guardar, Deus enviou-lhe à Terra pra entender por que os homens suicidavam, por que matavam por que faziam guerra. Quais eram as condições humanas? O anjo desceu em forma de humano, apaixonou-se e disse à Deus "por que nos fazes sofrer?" e Deus disse "o que eu fiz?" "tudo isso" "isso foi vocês que fizeram" "por que nos deixastes fazer?" "por que eu nunca entendi o que queriam com isto, fiquei curioso pelo fim" "a gente só queria amor" "o que é o amor" "desce na forma de homem" e ... o resto da lembrança se apagou na minha cabeça.
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Já posso praticamente lançar um livro sobre pai, ou o meu pai. De tantos poemas, textos, crônicas e lembranças escritas sobre o assunto. Hoje publico meu primeiro poema com a palavra mãe, embora o eulírico nada combine comigo e eu nunca falaria uma coisa destas as a minha mãe.
Confissões
Mãe,
Ele falou comigo
Que quer ser mais que meu amigo
E agora eu não sei o que fazer
Mãe ele perguntou
Se eu queria o mesmo
E eu sai apressada
Sem saber o que dizer
Mãe,
Eu lhe confessei
Todos meus pecados
E ele ainda quis me aceitar
E eu não sei me entregar
E eu não sei aceitar
Todos os segredos
Que ele quer comigo compartilhar
Eu gostaria tanto
De sentir por ele
O que ele sente por mim
Mas, mãe, eu não sou assim
Eu não sei nem gostar de mim
Eu queria poder sair
Nos dias pares
De mãos dadas
E semana que vem
Pensar de novo
Na semana que passou
Mas mãe
Eu fui embora
Sem nem lhe responder
Ele falou comigo
Que quer ser mais que meu amigo
E agora eu não sei o que fazer
Mãe ele perguntou
Se eu queria o mesmo
E eu sai apressada
Sem saber o que dizer
Mãe,
Eu lhe confessei
Todos meus pecados
E ele ainda quis me aceitar
E eu não sei me entregar
E eu não sei aceitar
Todos os segredos
Que ele quer comigo compartilhar
Eu gostaria tanto
De sentir por ele
O que ele sente por mim
Mas, mãe, eu não sou assim
Eu não sei nem gostar de mim
Eu queria poder sair
Nos dias pares
De mãos dadas
E semana que vem
Pensar de novo
Na semana que passou
Mas mãe
Eu fui embora
Sem nem lhe responder
pré-adolescente este poema, não?
7 comentários:
Lílian, "só as mães são felizes"? Quando você fala de afeto (afeto entre dois gêneros!) algo a perturba. Mas essa confissão já é um salto em sua vida, pois promove a interação com quem ouve as nuanças de seu íntimo (eu-lírico). Acredito que a vida seja isso: interação com o nosso derredor. E acredito que a vida seja mais tempo feliz do que triste. Abraços!!!
Tem um filme, que vi faz tempo, com o Nicholas Cage. Ele não é lá um grande ator, mas a história lembra esta primeira parte. O cara é anjo, encarregado da moça, aí acontece esse negócio que vc falou e ele pede demissão no céu, desce, topa com ela, e quando tudo parece certo ela morre, e ele sobra. (de alguma forma parece)
edo...
Sobre a segunda parte, como eu disse, parece música, tem cara de música, tem formato de música.
Eu acho que pode ser uma música.
edo...
Esse serviço é uma coisa bem ingrata...
edo...
hauahuahua
seu comentário auto-crítico no final transformou-a numa tragicomédia.
Wilson, não me sinto perturbada em afetos, este poema veio na minha cabeça, não escrevo poemas baseados na minha vida, quando o faço eu informo e odeio quando tentam me entender através dos meus textos, faz menos de uma semana que pensei em parar de escrever por ser muitas vezes analisadas a partir deles. Gosto de saber que alguem os lê, mas não tentem me ler através deles, obg.
Liliam o filme que o "anônimo" falou com o Nicholas é fraco, o original, do Wim Wenders, chama-se "Asas do desejo" e é perfeitamente melhor do que o hollywoodiano. Pesquisa aí, vai gostar. Mas senti como ele quando li a primeira parte do poemeu, aliás, poeteu! Abraços!
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