Sonhos



Às vezes eu durmo pra sonhas, mas na maioria das vezes sonho sem precisar dormir. Eu vejo a cena surgir por detrás dos meus olhos depois se esmaecer. E quando me dou conta um monte de coisas aconteceram, eu acreditei em todas, mas aconteceram só pra mim e foram embora.
Dormindo ou acordada. Coleciono sonhos.
Sonhos de ambições e histórias nostalgiantes criadas pelo meu subconciente. Uma auto-biografia talvez devesse chamar "colecionadora de sonhos" (que clichê).
Nestes sonhos costumo envolver meus amigos, dou a vida que eles queriam, que eles sonharam (também). Sonho que vi cazuza e ela viu Rita. Que passei no vestibular e ele se apaixonou por alguém. Que tive filhos e ela paz, o outro dinheiro e duas outras se casaram.
No último sonho exilado - ou exalado? - pelo onisciente subconciente: duas vozes se afinaram para se encontrar sobre um violão e reproduzir então o que um dia foi o encontro de dois ídolos, eu traduzia Cazuza e do outro lado ninguém menos que Rita Lee, a platéria se materializava e desmaterializava (assim são os sonhos).
O despertador marcando tempo alertava: Cazuza e Rita nunca gravaram juntos esta música. Então a realidade desabou por cima de tud...
_ E daí? O que é realidade? O que define se uma cena foi real ou não?
Não estamos aqui agora perto do fogo?

O passado raqueteando para o presente

Prometo não postar nos próximos dias, talvez, um ou dois meses sem atualizar. Não é um descanso, tão pouco descaso. Quem dera se a insônia tivesse passado. Se fosse falta de inspiração, até porque inspirar é ser triste e expirar... ah eu não sei expirar meus textos.
Passei um tempo, escrevendo alguma coisa oculta. Destas que a gente guarda na gaveta e nunca mais se lembra. Mas quando o papel amarela e se faz encontrado, o passado nos busca à velocidade da luz e grita e berra que você lembra daquilo.
Por mais que esqueçamos nossas histórias, ela nunca deixa de existir. Mesmo que só em um livro de biografia, num filme caseiro feito pelo primo ou na lembrança de alguém que nem lembramos. E é assim, o passado sempre presente em algum lugar.

O passado nunca passa
está sempre presente
precedendo um futuro
que nunca chega
e a espera é em vão

Putas desnudas
sonhando com uma vida melhor
e as paredes
intactas
de um imóvel
na zona sul
assoviando
e cochichando
baixinho
que este filme
eu já vi

Descalços 
meus calcanhares
amassam o chão
que insiste em berrar
o vinho derramado

O passado
à todo momento
gritando
que o presente inexiste
e que a solidão
não é triste
tanto
que ela existe

Diogo (parte IV)

Já teve ter dado pra perceber que este meu caderno de anotações não vai muito longe, meu nome é Diogo, já não sou Birosca a muito tempo, já não coleciono as pequenas bolinhas de vidro. Tenho admiração por elas, bolinhas de vidro, tão bonitinhas, perfeitinhas, por que não bolinhas de plástico? Mas de vidro, esferas de gude, bolinha de gude. Resolvi pesquisar gude no dicionário, à essa altura da vida:

Gude
sm. Bras. Jogo infantil cujo fito é fazer entrarem em três buracos bolinhas de vidro.

Ah, olha eu perdendo o foco. Eu queria registrar as lembranças que tenho, mas nem todas tem continuidade, eu tentei fazê-las ter, mas não têm. Não adianta. Bom... vou continuar minha história sem conectivos de situações.

Depois de descobrir aquele sentimento frágil entre meus irmãos e eu passamos a trocar confissões antes de ir para a casa a noite.
E naquele dia o Dirceu estava nos contando que tinha fumado um cigarro com "uns caras" que ele não quis dizer o nome. Vinha pela rua narrando lentamente a primeira tosse, a sensação de paz e nostalgia. Ao fim da história Toninho caçoou dele.
_ Você fumou um cigarro e não maconha. Nada disso de paz e nostalgia seu viado.
_ Mas...
_ Mas você é viado, não agüenta nem um fumozinho...
Dobramos a esquina rindo. Na porta de casa um aglomerado de pessoas, uma pequena confusão. Uma sirene. Quando me dei conta de mim eu estava jogado na cama, olhando pro teto sem conseguir piscar os olhos. Esperava uma ordem pra que eu me movesse.
_ Diogo... a m-ma-mamãe...
_ Eu sei.
Nada seguiu. Continuei deitado, mas agora os olhos tinham se fechado e lacrimejavam, ainda bem que tava escuro.
Talvez eu nunca tenha sido muito apegado à minha mãe, nunca lhe abracei, ou troquei algum tipo de carinho, como o abraço de proteção que Dirceu me deu no dia da briga. Mas de alguma forma minha mãe era o motivo pelo qual Dirceu, Toninho e eu voltávamos em casa todas as noites.
Eu não sabia se me choro era por não ter mais minha mãe, ou por medo dos meus irmãos sairem e nunca mais voltarem.
_ Toni!
_ Que é?
_ Por que que...
_ Foi do coração...
_ Você... viu?
_ Ela falou da nossa irmã.
_ Que é com a Ana Rita?
_ A Vitória!
- Hm?
_ Ela sabe onde ela tá...
E sentei curioso esperando algo mais. Mas não era uma vírgula, tampouco um ponto final. Aquela frase só não tinha continuação e ouvi a voz de Geraldo entrando na casa.

Birosca

De alguma forma aquela confusão toda mudou muita coisa lá em casa. Meus pais passaram a nos temer, como se fossemos marginais, e nós três nos unimos como deveria ter sido desde o início. Mexeu com um, mexeu com os três.
Umas semanas depois, eu ja tinha completado meus 12 anos à 2 dias. Tava escurecendo, eu tinha ganhado uma lata de birosca numa aposta que eu faria 5 gols na pelada daquela tarde, o Luisinho duvidou e eu meti 6. Uma lata de birosca e pronto.
Eu ia subindo o morro analisando uma por uma, umas maiores, outras menores, azuis, verdes, com desenhos dentro, uma com o escudo do Botafogo e uma quebrada no canto. Cada uma serviria de uma forma diferente: leveza, tamanho, força, difícil de ser acertada, eu já ia montando meu esquema tático com minha nova seleção. Levantei a cabeça e vi Toninho conversando com um fogueteiro, me aproximei pra entender o que se passava:
_ Ai cara, experimenta um! - o de touca vermelha falava.
_ Aposto que seu irmão quer, ele é mais macho que você.
_ A gente não quer não.
Confesso que fiquei tentado, mas meu irmão me puxou pelo braço e saiu falando:
_ Eles querem algo em troca, eu sei. De graça não iam dar isto, se eles ganham pra vender.
_ O que eles querem?
_ Querem que a gente vire viciado pra comprar deles, depois a gente não tem dinheiro pra pagar e dão um tiro na cabeça de cada um.
_ E se eu experimentasse só um e nunca me viciasse?
Andamos tão rápido que eu nem percebi que já estava na porta de casa. Toninho empurrou a porta e já foi gritando por Dirceu.
_ Ele ainda não chegou, ma.. - antes que mamãe terminasse de dizer Toninho saiu com muita raiva.
_ Merda! Tomara que não o tenham feito nada.
Acho que até hoje não entendi, estes fatos devem estar interligados. Houve um murmúrio de que tinham convidado meu irmão pra entrar pro tráfico e ele não quis, talvez ofereceram maconha pra ele só disfarçando porque eu cheguei perto, talvez ele tava preocupado de raptarem DIrceu e forçar ele a entrar no tráfico. Mas eu sentia que o perigo ia vir pra cima de mim logo logo. Acho que ele também.

A insônia será fotografada

Isso mesmo, além de escrever enquanto não durmo agora tiro fotos.
A insônia será escrita com luz.
F o t o g r a f i a.

Todas as fotos tendem a ser tiradas durante a madrugada, as madrugadas insones. E serão postadas aqui


No Insônia Fotografada!

Creio que as fotos só podem ser comentadas por pessoas que possuem conta flickr (pra quem tem yahoo fica fácil). Então aqui fica meu incentivo pra fotografarem e criarem um perfil Flickr também, mesmo que apenas pra comentar.

Abraços, novidades surgirão em pouco tempo.
Aliás, quem quiser transformar "Diogo" em uma série da Globo pra passar às sextas-feiras pode ficar à vontade, quero um microapartamento em BH, Pernambuco ou Porto Alegre... e só.

Diogo e auto-criação

Cansada de criar os filhos e perdidamente apaixonada pelo meu pai minha mãe mal me deu de mamar. Aprendi a andar apoiando-me nos sofás, aprendi escalar o armário pra pegar biscoito por instinto e como andar no estranho labirinto do bairro que nasci foi seguindo Toninho.
Eu era o que segurava o carretel pro Dirceu, era uma tarefa difícil, dar o tanto certo de linha, saber pra que lado correr com a pipa pra ela subir. Quem cuida do carretel tem que tá interado das idéias de quem empina a pipa. Mas o que eu queria mesmo era dominar a minha pipa, lá no alto. Rabiola com cerol, cortar os outros, subir mais alto bem mais alto, com a pipa mais colorida do céu.
_ Toninho!
_ Que é que foi?
_ Deixa eu guiar um pouco?
_ Não tá vendo que to disputando com o Celinho?
_ Deixa eu disputar pra você?
_ Pirou moleque? Se eu perco pro Celinho vou ser zoado o resto da vida e você nunca empinou...
_ Mas eu nem tenho uma pipa...
E sai pensando como eu faria pra conseguir empinar pipa, o Dirceu nunca me emprestaria a dele e eu também não ia empinar nada com o escudo do Palmeiras.
No dia seguinte saí pra jogar birosca na rua, taí uma coisa que ninguém me vencia. Eu tava sentado com o Calinhos e o Tuí esperando o Zé e o Vando tirarem no par ou ímpar quem ia buscar a garrafa que tinha caído na casa do vizinho - fruto de uma discussão dos dois. Aí passou o DIrceu chorando, tirou a camisa jogou na minha cara e pulou no muro, fico sentado lá olhando sei lá o que:
_ Que isso Diogo vai fazer nada com essa bichinha não?
_ Bichinha é o caralho, vou te mostrar minha bicha quer?
_ Não sou bichinha que nem você, não gosto de ver pau de homem não.
_ Vai tomar no cu seu filha da puta!
E DIrceu já desceu com uma voadora no peito do Zé. Vando pulou na frente e segurou meu irmão pelos cabelos lisos que só ele tinha por ali. Eu pulei a linha de biroscas e dei um soco no peito do Vando:
_ Solta meu irmão porra!
Tomei um pontapé nas costas que até hoje não sei se foi Zé ou Carlinhos que me deu. E quando olhei pra esquina tinha uma porção de meninos correndo pro nosso lado. Toninho gritou lá do meio:
_ Quem botar a mão nos meus irmãos vai levar, é bom eu não ver nada.
Eu sorri, sabia que todo mundo tinha medo do Toninho e senti pela primeira vez o que era pra mim meus dois irmãos, os outros eu nem tinha contato direito.
Toninho:
_ Quem deu este chute aqui no Birosca? De quem é esta marca de pé? - Birosca é como Toninho me chamava às vezes.
Um pequenininho da rua que mal tinha chegado ali e morria de medo do Toninho, não lembro direito se seu nome era Ed ou Ted... Mas ele apontou pro Vando.
Ai eu gritei:
_ Eu tava batendo no Vando, foi o Zé ou o Carlinhos.
Meu irmão puxou cada um com um braço e ficou olhando pra mim aí gritou:
_ Eu vou perguntar só uma vez quem chutou o birosca? Foi uma dessas duas bichas aqui, ou vocês são homens pra assumir?
O Zé pensou em gaguejar alguma coisa e abaixou a cabeça.
_ Perdi a paciência, vão apanhar os dois que é pra ninguém mexer com irmão meu mais.
Dirceu me virou de costas e colocou meu rosto no seu ombro, eu fiquei me sentindo culpado e chorei, chorei por ter perdido meus primeiros amigos. Meu irmão tinha me defendido, mas ele não ia deixar eu ficar andando com ele pra sempre, eu ia ter que arrumar outra turma, mas ali não ia ter ninguém, e chorei um pouco mais.
Quando virei vi meu irmão voltando do chão, como num golpe de capoeira. Ele deixou um com o nariz sangrando e muita marca nas costas, o outro tinha desmaiado com um chute na nuca.

A partir daí comecei a ser alguém. Agora eu era o Birosca, pra todo mundo ali. Meu ponto fraco era chorar, chorava de tristeza, de medo, de raiva, de agonia e de solidão. E meus pontos fortes eram jogar birosca, futebol e ser irmão do Toninho...

Primeira confissão de Diogo


Insisto em alertá-los que não me arrisco por aqui, não falaria da minha vida por trás de uma personagem, alguém podia perceber. Logo, são todos personagens, qualquer semelhança é mera coincidência.

Eu nunca escrevi diários, nunca contei segredos aos meus amigos... se é segredo não se pode contar pros amigos. Se pode contar só aos amigos é um diálogo, uma confissão de bêbado, ou algo que não sei o nome mas segredo não é. Não sei por que depois de tantos anos de vida decidi escrever um pouco de mim. Aqui é como se eu confessasse pra mim mesmo, ninguém encontrará estes rascunhos, nem sei por quanto tempo vou guardá-los.
Relembrarei comigo toda minha vida, já que não bebo mais pra relembrá-la com Antônio ou Victor pelas madrugadas da vida. Antônio, Victor e eu, Diogo, desde os 16 anos sempre mantivemos um bom relacionamento com direito à brigas, bailes e namoradas roubadas. Agora resta apenas eu, apenas Diogo, com 86 anos pra tentar lembrar.
O grande problema em preencher essas folhas em branco que restam no caderno é: por onde começar? Não sei a lembrança mais velha que tenho, as tardes impinando pipa com dois de meus irmãos, digo, Toninho e Dirceu, ou aquele primeiro dia de aula? Talvez faça parte tudo de um mesmo tempo, pipa, escola, pipa outra vez. Acho que era isso mesmo.
De sete irmãos eu era o último, o caçula, a rapinha do tacho, copinho de leite, bolinha de ouro... Minha mãe criou de forma particular cada filho, primeiro veio Geraldo criado com muito mimo e esforço, se ele queria banana e não tinha em casa, a mãe dava logo um jeito de comprar, mesmo fiado. Depois veio Ana Rita que apesar de mais nova cuidava de Geraldo, a mais bonita de todas as primas, irmãs e tias. Ana Rita possuía olhos verdes e cintilantes, um rosto fino coberto por longos cabelos castanhos escuros e pele cor de papel de pão. Depois dela nasceu Vitória, que eu não pude conhecer, pelas fotos que vi ela parecia uma indiazinha, mas não tinha os cabelos lisos, e minha mãe não lhe dava muita atenção deixou a filha se criar sozinha e aprender o que tinha que aprender na rua, ela saiu com 5 reais pra comemorar o aniversário de 6 anos e não voltou pra apagar às velas, é tudo que sei. Antes que Vitória desaparecesse minha mãe teve também o Marcelo, que foi criado com quase nenhum mimo, pouco diálogo e muita leitura recomendada por nosso avô, outro que também não conheci, Marcelo acabou por se dar bem na vida e estudou Economia, o único estudado de todos nós, quer dizer o único com curso superior. Então dona Eva perdeu Vitória e não queria ter mais filhos, se existia métodos contraceptivos ela não sabia, e acabou separando-se de Joaquim pra não ter mais filhos.
Dois anos depois de muito esforço pra criar os filhos apenas lavando roupas ela conheceu um sapateiro, Tomé, que lhe prometeu uma casa nova, comida, sola nova pros sapatos e amor, tudo em troca de sua companhia e uma filha que fosse dele também.
Foi aí que minha mãe teve Antônio (Toninho) que já nasceu moleque de rua, aprendeu a empinar pipa e nunca mais sem preocupou com o resto, depois veio DIrceu, que também não era menina, era fã do Toninho e queria fazer tudo que ele também fazia, era muito ruim de futebol e tinha cabelos lisos que nem sabemos de que lado da família vieram, assim como seus outros traços. Por último, eu. Também não nasci menina, mas minha mãe logo não podia ter mais filhos: menopausa.

(continua)

Abafado


Sede
e mia o gato
Incomodo
no sofá
que
sempre
me acomoda

Barulho
e mia o gato
o calor
abafa os carros
a sede
esquece o resto

Poema
e mia o gato
mas não
não sai nada
sede
e vence o calor.

Sei que poemas não é meu forte, mas to estudando sobre eles agora e cada vez me apaixonando mais. Se pesquisarem bem nestes arquivos perceberão que comecei a escrever por não saber escrever, aos poucos vou aprendendo transpassar a idéia e a alma pro papel, ou pra tela. Agora é a vez de começar aprender versificar o sentimento, vou tentando e vocês me ajudando. Críticas, por favor, não aprendo sem elas!

E chovia

Uma chuva caia sobre a cidade, e eu me escondendo debaixo da marquiz tombada da minha escola enquanto esperava um amigo. O meu cérebro simplesmente retorceu-se me obrigando a anotar no celular o que não saia da minha cabeça:

o tempo, o vento e a chuva

Ou seria?

o tempo
o vento
e a chuva

(?)

Enquanto eu anotava surgiam outras palavras - soltas ou não - e se encaixavam ao... poema?

o tempo
o vento
e a chuva

o temporal
o vendaval
e a uva

a queda
a regra
e a puta

o homem
um lobisomem
e a chuva

Na verdade na hora eu escrevi:

o homem
um lobisomem
a música

Mas preferi trocar e deixar assim, deixar chover.

Pesquisa

04/08/2009

No final de 2007 eu perdia o sono semanalmente pensando em algum texto. O cansaço físico me impedia levantar da cama para anotar os poemas, textos e frases que vinham à cabeça. Criei então o Segundo Lílian, em Junho de 2008. Postando anotações feitas na madrugada, sonhos rememorados na manhã seguinte, inspirações do meio do sono vespertino. Sem habilidade de escrita tive um blog trágico, perdi meus leitores e a vontade de escrever.
No final daquele ano resolvi criar o Insônia Registrada. Já que todos meus textos eram decididos durante a insônia, ou me tiravam o sono. Era um novo blog, pensado diferente, com novo tema, nova forma de escrita, novo visual - que já foi modificado uma dezena de vezes - além de agora um período de vida bem mais traduzível em letras.
Hoje, o blog já virou um vício. Textos, links, vídeos, descobertas, lembranças... tudo vem pra cá. Tirando o sono de quem lê também. Tamanho vício me levou a criar um blog de esportes, um de filme, participar brevemente de um blog de humor e me fez até perder a vergonha do Segundo Lílian.
Porque segundo Lílian, a insônia será registrada.